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30/04/2024

GO: Transplante renal entre sobrinha e tia não consanguínea é realizado com atuação da DPE

Fonte: ASCOM/DPEGO
Estado: GO
Diagnosticada com insuficiência renal crônica, Jennyfer Sabriny passou parte de sua vida entre idas de vinda em unidades de saúde. Após anos em tratamento conservador, a jovem de 23 anos recebeu o diagnóstico de falência renal estágio cinco, caso em que os rins perdem praticamente toda a capacidade de funcionamento. Devido à gravidade do caso, ela recebeu encaminhamento para a realização de um transplante de rim e, a partir disso, um misto de emoções começou a cercá-la.
 
Diante de muitas angústias e incertezas, ela pôde encontrar acolhimento e solidariedade dentro da própria família. A esperança e a oportunidade de recomeçar reacendeu quando Cícera Alexandre da Silva, casada com tio consanguíneo de Jennyfer há 30 anos, se voluntariou a doar um de seus rins.
 
“Em 2023, eu comecei a passar muito mal, sentia fraqueza, falta de ar e pressão baixa. Após diversos exames, descobri que estava com apenas 14% de função renal. Precisava fazer o procedimento cirúrgico, e minha tia [Cícera] manifestou desde o início que seria uma doadora, caso fosse compatível. Ela é casada com o irmão da minha mãe, ou seja, não consanguínea, porém sempre me apoiou durante todo o meu tratamento", destaca.
 
Cícera conta que a decisão de doar o órgão foi motivada pelo desejo de ajudar Jennyfer e, de certa forma, contribuir para que ela tenha uma melhor qualidade de vida. Desde o momento que soube da necessidade do transplante, ela começou a realizar uma série de exames para verificar se era compatível para doação.
 
"Quando surgiu a possibilidade, me prontifiquei a doar. Admiro ela, porque é uma pessoa que sempre lutou por seus objetivos, e me deixou muito triste vê-la com tanta vontade de vencer e ter que lidar com esse problema tão grave. É minha sobrinha do coração. Conheço Jennyfer desde quando ela era bebê e a amo como se fosse uma filha", descreve. 
 
Recomeço
 
Após uma série de exames médicos, foi constatada a compatibilidade entre a doadora e a receptora do rim. Ao considerar a urgência do caso e também o procedimento como única opção com potencial curativo da jovem, a cirurgia foi agendada para ocorrer no dia 12 de abril, no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia. No entanto, um detalhe poderia dificultar todo o processo.
 
A doação de órgãos de doador vivo é permitida, nos termos da Lei n.9.434/1997, desde que observados alguns requisitos legais. Quando o doador não é cônjuge ou parente consanguíneo até quarto grau, é necessária autorização judicial para que o procedimento seja realizado. Esse era o caso de Jennyfer e Cícera, que por não ser tia e sobrinha do mesmo sangue, o procedimento poderia ser realizado apenas mediante autorização judicial. Essa autorização é dispensada apenas em relação à doação de medula óssea.
 
Na corrida contra o tempo, as assistidas procuraram a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), no dia 05 de abril, para relatarem o caso e reafirmaram que a doação do rim era, de fato, voluntária e de espontaneidade de Cícera. Com a veracidade do laço afetivo familiar entre as duas, a defensora pública Bruna Gomide ajuizou ação e a DPE-GO obteve decisão favorável para autorizar a doação gratuita de um dos rins de Cícera à jovem.
 
Assim, o procedimento cirúrgico foi realizado no dia 12 de abril, data agendada, e Jennyfer pôde novamente ter a esperança de recomeçar. “Eu quero agradecer a toda a Defensoria Pública que teve muita prontidão para poder me ajudar. O processo foi muito rápido, eles sempre ficaram em cima do processo, me ajudaram no que foi possível”, descreve Jennyfer Sabryna.
 
"Acredito que a atuação rápida da DPE-GO e as diligências junto ao TJGO e MPGO foram fundamentais no caso. A assistida procurou a Defensoria já com o transplante agendado, considerando a recomendação médica e seu quadro clínico. Isso significa que a demora na adoção de medidas judiciais e nos atos judiciais subsequentes poderia impedir a realização do procedimento", pontua a defensora pública Bruna Gomide, que atuou no caso.
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